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As comidas típicas de Recife


As comidas típicas de Recife são quase tão antigas quanto a sua história e narram a incrível miscigenação que ocorreu ao longo dos séculos nas terras pernambucanas. É um cardápio recheado de tradições, lendas e ingredientes locais que o recifense faz questão de preservar e passar adiante, apesar da globalização.

E não é à toa que é tão orgulhoso… no acervo gourmet da cidade tem de tudo: doces, salgados, frutos do mar, carnes, frutas, bombons e bebidas. Muitas receitas são verdadeiros segredos de família, impossíveis de desvendar, que passam de mãe pra filha até hoje.

A culinária local é um retrato do Brasil Colônia: tem pratos de origem europeia, quase sempre portuguesa, ou nascidos nas senzalas dos engenhos, nas aldeias indígenas e nas vilas dos pescadores. Um destaque especial vai para as especiarias vindas do Reino e do Oriente, como cravo, canela e noz-moscada.

Prontos para o banquete?

As comidas típicas de Recife

O café da manhã

Vamos começar pelo começo. E com o pé direito…porque o café da manhã tradicional acorda qualquer um.

Deixe pra lá o tal do ovo com bacon e experimente as icônicas comidas de milho e mandioca. Fica difícil escolher entre tapioca com coco ralado, cuscuz de milho com leite de coco, macaxeira ou inhame cozido com manteiga de garrafa e queijo de coalh0 frito (ou com carne seca, para os mais corajosos). Tudo regado com suco de goiaba, abacaxi, manga ou graviola, frutas típicas da terra.

Se a viagem coincidir com a época das festas juninas, à mesa não pode faltar pamonhacanjica de milhopé-de-moleque e outras iguarias irresistíveis.

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O lanche

Sim, até no lanche a culinária recifense tem o que oferecer. Pode ser um simples nego bom, o famoso bombom de banana, embalado um a um. Ou a cocada de coco, branca ou caramelizada, um finger food de origem africana ainda hoje vendida nas bancas espalhadas pelas ruas da cidade.


Almoço

Prepara-se porque o almoço típico recifense é uma das melhores atrações da sua viagem.  Vai por mim, depois de dois garfadas você vai entender muito mais das tradições locais do que lendo um guia inteiro.

Se você não é do time “topo tudo”, tem opções mais leves como arrumadinho de charque, um daqueles pratos completos que podem ser servidos em qualquer ocasião. Os ingredientes chegam “arrumados” em camadas: carne de charque em pedaços, feijão verde e farofa de mandioca bem temperada.  Ou o escondidinho, um prato gratinado com queijo de coalho, feito com charque desfiada coberta com purê de macaxeira.

Mas se você quiser ir além… bom, Recife não vai decepcionar.

Há pratos que são verdadeiras marcas registradas da colonização portuguesa como a galinha de cabidela, oriundo da Região do Minho, e o sarapatel do Alto Alentejo, feito com miúdos de porco. São pratos desafiadores porque preparados com o sangue coalhado do próprio animal.

Quem não quer arriscar pode tentar chambaril preparado com ossobuco, mão-de-vaca ou buchada de bode ou carneiro, prato sertanejo mas muito comum em Recife. Não são pratos leves e nem fáceis de fazer em casa. Então, se é uma vez na vida, tá valendo kkkk.

Prefere frutos do mar? Não é um problema porque entre as comidas típicas de Recife tem peixadaguaiamum com pirão ou caldeirada, outra herança portuguesa, preparada com frutos do mar e verduras.


Sobremesas

Achou o almoço fraco? Então prepare garfo e faca para recomeçar com as sobremesas. Além do carro-chefe chamado bolo de rolo – não confunda com um rocambole qualquer – o carrinho da sobremesa traz doces caseiros em calda ou em corte preparados com frutas locais (jaca, coco verde ou caju) e servidos com uma fatia de queijo de coalho.

E que tal a tradicionalíssima cartola? Um exemplo perfeito de miscigenação: camadas de banana prata frita, una variedade trazida pelos portugueses das Ilhas Canárias, queijo manteiga derretido, açúcar e canela.

Um detalhe importante: a cartola e o bolo de rolo são reconhecidos como Patrimônio Imaterial de Pernambuco.


Jantar ou ceia

Como o almoço não é brincadeira, à noite, o recifense prefere uma ceia leve. Leve por modo de dizer…

Para começar tem sopa: de abóbora, de mocotó, de mandioca. E depois é a vez da macaxeira ou inhame com queijo de coalho assado ou carne-de-sol.

E para fechar com chave de ouro: uma fatia do aristocrático bolo Souza Leão, preparado com massa de mandioca, tão macio que derrete na boca. Mais um Patrimônio Imaterial de Pernambuco.

Bom apetite!


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